Convento de Almiara ou Mosteiro de Verride

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Descrição
Apresenta uma larga fachada do século XVIII, com as seguintes iniciais no portão: JATB.
A sala principal apresenta um fresco no tecto datado de 1755.
O retábulo principal barroco foi destruído, os dois retábulos laterais ruíram;
A capela encontra-se vandalizada e restam apenas alguns painéis nas paredes azuis e brancos com cenas da vida da ordem;
Possui um coro-alto com varanda e sacristia com azulejos azuis e brancos com ramagens.

Tipologia
Mosteiro, Arquitectura religiosa

Localização
Coimbra, Montemor-o-Velho, Verride

Utilização Inicial
Religiosa/Residencial

Notas Históricas
Os cónegos regrantes de Santa Cruz de Coimbra receberam a quinta por doação de Afonso Geraldes e sua mulher Belide Soares em 1194. Os frades construíram então um convento, que servia para os religiosos passarem alguns momentos de descanso e divertimento no Verão. Em 1285, a quinta pertencia ao Convento de Santana, sendo neste mesmo ano vendida novamente a Santa Cruz.

Apesar de não se conhecer o projecto arquitectónico do século XVIII, é possível verificar que ficou incompleto, dado que a grande fachada deveria terminar com outro torreão. A zona habitacional apresenta vestígios interiores de qualidade, como o refeitório (talvez ainda do século XVII) e salas com óptimos acabamentos do século seguinte. A capela, apesar de em parte ter sido despojada por roubos recentes, é de boa arquitectura, com altares de talha com qualidade, boas cantarias e, sobretudo esplêndidos lambrins de azulejos. Nas instalações agrícolas (de grande interesse), encontramos pormenores datáveis do século XVII que podem servir de base a um estudo para uma relação (em termos de acabamentos construtivos) com outros mosteiros da mesma Ordem existentes no país.

A sua ligação aos Crúzios de Santa Cruz de Coimbra vai de 1285 até à extinção das ordens religiosas em 1834. Apesar da sua base documental medieval, o edifício apresenta características do século XVII e sobretudo do XVIII.

 Informação baseada em CM – Montemor-o-Velho

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Acerca do Autor

Será sempre o abandono desprezível, feio e inútil? A minha resposta é despida de "floreados"como o próprio abandono, NÃO! Uma sociedade completamente obcecada com o progresso e desenvolvimento, faz com que os lugares por nós visitados não estejam somente ao abandono, mas também esquecidos. Partilho com os meus amigos o prazer pela fotografia e pela descoberta de novos pontos de interesse que por uma razão ou outra foram lentamente deixados à mercê do tempo. Esse que nunca pára! O objectivo? Fazer com que espaços com história não caiam no esquecimento para sempre e que de alguma forma dê a conhecer um pouco das suas histórias enquanto activos.

5 comentários

  1. Realmente é um local bem engraçado de explorar, sempre na companhia dos morcegos 😀

    Gosto muito da Verride_5 e 9 🙂

  2. Valeu a pena esperar pelo teu primeiro post! Da próxima, tb quero ir, ouviu? E faça o favor de postar com menos “delay”. 😉

  3. David Malva on

    Era impossivel não ir este local depois de ver o vosso trabalho. Contudo fui num dia de muita chuva o que não me motivou muito a explorar o Convento, por causa do peso excessivo das madeiras inundadas com águas e do perigo eminente de ruína.
    O acesso que encontrei também não foi o mais adequado – foi uma lateral que dá para uns jardins, com uma estrada municipal mesmo ao lado. Estava com muitas silvas, mas percebia-se os caminhos criados na vegetação para acesso aos interiores.
    Diga-me se possível, pode-se entrar pela fachada principal? Voltarei lá no Verão se ainda estiver de pé. É inacreditavel o estado de abandono a que este país coloca os seus monumentos e a sua memória.

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