EIF – EMPRESA INDUSTRIAL DO FREIXO

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Descrição

Aproveitando a deslocação que fiz para fotografar a Central Termo Eléctrica do Freixo, resolvi também fotografar e historiar um pouco sobre uma instalação fabril construída a uma centenas de metros a norte desta Central. Trata-se da Empresa Industrial do Freixo (EIF), cujo edifício é composto por uma nave central rodeado por alguns armazéns.

Aqui somente encontrei algumas paredes ao alto e muito matagal não conseguindo encontrar nem identificar quaisquer equipamento ligados à sua unidade de produção. É claro, que no meio daquela “floresta” possa haver algumas vestígios dos citados equipamentos mas a “olho” é praticamente impossível identificá-los. Actualmente somente as pombas e outros pássaros e, possivelmente, alguns roedores, são os “inquilinos” destas instalações.

Como acontece com os terrenos da Central, os terrenos desta fábrica também têm uma  óptima localização, pois as vista sobre o Rio Douro, os acessos à Ponte do Freixo, consequentemente à A1, à EN 108 que liga a Entre-os-Rios e a proximidades dos transportes público, dá-lhe um alto valor de venda.

Tipologia

Unidade fabril

Localização
Freixo – Porto

Data da Visita

20 de abril de 2017

Utilização Inicial

Produção de carboneto de cálcio e de ferro silício

Notas Históricas

Desde 1930 que se verificava que da elevada produção de energia eléctrica produzida pela Central Termo Eléctrica do Freixo, resultava grandes excedentes de energia e havia a necessidade de aproveitar esses excedentes.

Deste modo, a UEP – União Eléctrica Portuguesa, dona da Central Termo Eléctrica,   resolveu projectar um novo equipamento. Assim, em 1947, nasce a EIF – Empresa Industrial do Freixo,   cuja função principal era aproveitar esses excedentes energéticos produzindo, então, carboneto de cálcio e silício. O carboneto de cálcio é um composto que tem várias aplicações industriais, mas nesta época servia exclusivamente para a produção de gás acetileno, que era muito utilizado em lâmpadas. Quanto ao ferro silício, trata-se de um material muito necessário nas indústrias siderúrgicas e fundições para a fabricação do aço.

Deste modo, a Central Termo Eléctrica do Freixo ,  ao escoar os seus excedentes de energia para esta unidade fabril, a qual para produzir o carboneto e o silício anteriormente referidos,  necessitava de muita energia. Sendo, assim, a  UEP saía muito beneficiada com esta operação.

A fábrica dispunha de dois fornos distintos, um para a produção de cal e outro para obter o carboneto de cálcio, não necessitando para esta operação de mais de 50 operários para produzir continuamente. Deixou de funcionar em 1974 e desde então permaneceu abandonada.

É tudo !

(fonte de pesquisa: Porto Sombrio)

E agora as fotos…

 

 

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Acerca do Autor

Dar a conhecer o que está esquecido, abandonado e muitas das vezes em ruínas, de estruturas que muito contribuíram para o desenvolvimento do nosso país, foi sempre um dos meus desejos. Aliando esse facto ao gosto que tenho pela fotografia, encontrei nos Caça Devolutos um pequeno espaço que me permite mostrar e historiar um pouco algumas dessas ruínas, muitas delas bem às portas das nossas casas.

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