O Forte Nossa Senhora da Graça, oficialmente conhecido como Forte Conde de Lippe, localiza-se na freguesia de Alcáçova, a cerca de um quilómetro a norte da cidade de Elvas.
Em posição dominante sobre o chamado Monte da Graça, a 404 metros de altitude, das águas do mar, integrou a defesa da Praça-forte de Elvas, que complementava.
[tb_google_map]
História:
A história do Forte da Graça surge no Século XIII, no ano de 1226, em que D. Sancho II, com a idade de 18 anos conquista definitivamente Elvas aos Muçulmanos. Com as Hostes de D. Sancho II, vinha um frade Dominicano, chamado Estevão Mendes, que tinha a missão de Cristianizar as terras conquistadas e de conduzir a fé dos bravos soldados de D. Sancho II. E foi após a conquista de Elvas que Frei Estevão Mendes escolheu como local de residência, a actual Serra da Graça por ser um local calmo, solitário e isolado com uma vegetação luxuriante, situado no cume do monte e construiu a sua moradia em terreno muito perigoso e agreste com as suas próprias mãos.
Os trabalhos do Forte da Graça iniciaram-se em 1763, estendendo-se até ao reinado de D. Maria (1777-1816), que o inaugurou em 1792, com o nome de Forte Conde de Lippe, militar que havia proposto a sua construção e que comandou o Exército português entre 1762 e 1764 por ordem do Marquês de Pombal.
A partir daqui, este local sofreu várias transformações e teve muitas vezes ao longo de séculos de história, um papel importante no desenvolvimento e protecção do nosso país.
Utilizado no passado como prisão militar, o conjunto encontra-se hoje em condições precárias de conservação, aguardando a sua cedência à Câmara Municipal de Elvas para consolidação e restauro.
Características:
A estrutura, de planta quadrangular com cento e cinquenta metros de lado, é completada por baluartes pentagonais nos vértices. Quatro revelins cobrem as cortinas, a meio das quais se inserem o portão monumental (Porta do Dragão) e três poternas.
O corpo central da praça apresenta um reduto elevado, de planta circular, com dois pavimentos e parapeito, abrindo canhoeiras para três ordens de baterias em casamatas.
Sobre o reduto, como sua lanterna central, uma torre circular com dois pavimentos abobadados: o primeiro constituindo-se numa capela decorada e o segundo, na Casa do Governador. Abaixo da capela, escavada na rocha viva, uma cisterna constitui-se numa das suas obras mais notáveis.
E agora algumas fotos que consegui captar deste local extraordinário:
1 comentário
Visitar esta obra-prima é algo marcante pela sua majestosa construção que encaixa harmoniosamente com a beleza de linhas envolventes e enigmática que causa calafrios a qualquer um que tenha a ousadia de a penetrar…
Espero que a sua divulgação possa alertar a quem de direito pela urgente e necessária recuperação deste património único.